Negativa

Um novo gerente da minha conta, um tal Alexanfre, ligou dizendo que eu estava reclamando e, por isso, estava me comunicando que não banco não vai me ressarcir.
Agradeci e falei que resolveremos na justiça.

CARTA PRO SAC iTAU

Rio de Janeiro, 5 de outubro de 2010

Eu, Angela Correa Oliveira, jornalista há 30 anos, jamais vi tratamento tão rude de um Banco com um cliente. Sou cliente do Banco Itau Personnalite há 10 anos e venho por meio dessa, relatar os acontecimentos. No dia 12 de setembro, domingo, no final da tarde, fui ao Shopping da Gávea, no Rio (Rua Marques de São Vicente 52) e retirei no caixa 24hs do Itaú (comum) 200 reais. Logo em seguida, comprei um lanche no BOB’s e paguei com cartão de crédito a quantia de 13,80 reais. Errei a senha na primeira vez e na segunda acertei. Depois do lanche fui comprar uma revista, numa revistaria lotada, e percebi minha bolsa aberta. Vi que a minha carteira estava lá e não chequei meu cartão que fica num porta-cartão separado da carteira – exatamente para não levarem tudo de uma vez.

Minha mãe e meu pai estão internados na Clínica São Vicente, na Gávea, fato que me faz ficar no Rio e até pensar em me mudar para cá. Bem, na segunda, dia 13, fui pagar o almoço no hospital e não achei o cartão. Voltei pra casa com a minha irmã Ana, com a esperança que o mesmo estivesse caído em algum lugar, ou algo parecido. No caminho, no trânsito, a gerente da minha conta, Ana Paula Santos, agência 3757, São Paulo, me ligou e disse: “Bloqueei a sua conta porque estavam caindo débitos estranhos.” Aí, ficou confirmado que eu havia perdido a cartão. Ela disse: ” Mas não se preocupe, o Banco vai ressarcir. E já estou pedindo outro cartão pra senhora que estará pronto em cinco dias”. E acrescentou que eu não precisava fazer o BO, bastava ir numa agência Personnalite no Rio e fazer o Sito “Contestação de Transações Eletrônicas.”

 Ao chegar em casa, liguei para o cartão de crédito Visa, para bloquear o mesmo. A atendente confirmou que o cartão já estava bloqueado devido a vários pedidos de compras que não faziam parte do meu perfil. Apenas uma compra na Oi, no valor de 1740,00 e outra no Pão de Açucar (não sei qual) não tiveram bloqueio e a moça me acalmou:” Mas não se preocupe, você tem o seguro Visa e esses valores serão estornados. Não precisa fazer o BO.”

Na terça-feira, dia 14, fui fazer a tal Contestação de Transações Eletrônicas, na agência da rua Olegário Maciel, Jardim Oceânico,  Barra da Tijuca. Quem me atendeu foi a gerente operacional Sandra Leal (Sandra.leal@itau-Unibanco.com.br). A Sandra também confirmou que o BO não era necessário e que “Mal eles criaram o cartão de chip e senha, os ladrões já inventaram um jeito de clonar tudo! Mas o Banco estuda caso por caso e, em geral, repõe“.

No total, foram retirados 5.867,47 reais em caixas eletrônicos, em débito, em transações que estou contestando.

No domingo, dia 19, voltei para São Paulo a fim de resolver a situação pessoalmente com a gerente da minha conta Ana Paula (Ana.P.Santos@itau-unicanco.com.br). Ela me fez assinar um documento em que eu contestava os débitos. No pé da página havia uma frase dizendo que o Banco não se responsabilizava pelas clonagens de cartões com chip e senha. Eu contestei, mas gerente argumentou: “Esse problema é comum e essa frase já não vale nada. Em geral, eles clonam no final de semana porque a pessoa não está preocupada em checar seu saldo (como foi o meu caso). Pode assinar, sem problemas. Em 10 dias já teremos a resposta do jurídico do banco e tudo estará resolvido”. Ingenuamente acreditei. E voltei para o Rio de Janeiro na quarta-feira, já com o cartão novo.

Na quinta-feira, dia 23, no final da tarde, uma moça do cartão de crédito Visa, chamada Alessandra, me avisou que o cartão não iria estornar as compras da Oi e do Pão de Açúcar. E mais: que ela não havia recebido o BO. Eu contei toda a história e ela exigiu o BO e prometeu uma segunda vistoria do caso. Imediatamente fiz o BO via internet e, na sexta, dia 24, peguei o documento, o registro de Ocorrência de número 016-10320/2010, na 16 delegacia da Barra, e enviei para a tal Alessandra que só me forneceu o seu fax (11)30030048.

Depois de tentar falar com a minha gerente de conta Ana Paula, sem sucesso, e mandar vários emails, ela mandou um recepcionista do banco, chamado Claudio, me ligar e dizer que o Banco não iria me ressarcir de absolutamente nada. E falou ainda que eu não tenho seguro algum no cartão. Sem mais, desligou. Mandei outro email para a Ana Paula, pedindo que esse resultado me fosse mandado por email, e pedindo também que ela me dissesse quanto eu devia (da parte que eu assumo) ao Banco, e que incluísse os juros, uma vez que os ladrões me deixaram negativa. Liguei para o cartão Visa, para saber a posição deles, apenas a atendente me ajudou e avisou mais uma vez que não tem o ramal ou telefone do departamento jurídico. Segundo consta no computador, o Cartão Visa ainda estuda o meu caso e me dará a resposta em 24 horas. O último extrato a vencer no próximo dia 11, ela só pode me fornecer o que já aparece na tela. Tem sete (7) compras no Pão de Açúcar no dia 12 de setembro, dia do roubo!!! Sem contar um compra na Oi, no valor de 1740,00, em 10 prestações.

Poucos dias depois, uma moça de nome Eliane, algo parecido, me ligou dizendo que o cartão de crédito Visa não iria estornar nenhuma compra. E ainda disse: “Não posso fornecer nada por email ou escrito para não constranger a senhora.” Mais constrangida e humilhada do que estou, é impossível. A minha gerente Ana Paula Santos nunca respondeu meus emails e telefonemas porque não trabalha mais no Itau Personnalite e sequer passou o caso adiante, para outro gerente que, soube hoje, ainda não está definido quem vai ser. Pior de tudo, a gerente afirmou que já tinha bloqueado o cartão de débito, fiz o sito dia 14 de setembro. Quando tirei meu extrato dois déias depois apareceu mais um caixa eletrônico de uma farmácia no valor de 226,50. Ou seja, a gerente não bloqueou o cartão no dia 13 como me confirmou e os ladrões continuaram usando o cartão!!! Preciso de uma posição de vocês novamente porque vou trilhar um caminho tortuoso. Do SAC irei pra Ouvidoria do Banco e, em seguida, vou procurar os meus colegas jornalistas e publicar todo esse absurdo. Vou procurar a impressa escrita, televisiva e internet.  Por fim, procurar um advogado e processar o Itau e o cartão Visa. Hoje depositei em conta corrente dois mil reais pra pagar os meus débitos, o que são reconhecidos por mim. Paguei também 850,7 reais no crédito para sanar as compras feitas por mim. Tenho todos os documentos em mãos e digitalizados. Sem mais, aguardo retorno, Angela